A liberdade é a filha caçula do desejo com a necessidade
Claudia Barbeito
Ontem eu assisti no programa Conversa com Bial pesquisadores discutindo a inclusão de drogas ou como eles estão chamando: substâncias recreacionais, no tratamento de doenças crônicas. Recentemente participei de uma pesquisa para falar um pouco da ação da EM em mim e confesso que fiquei bem animada com a possibilidade de tratá-la com o canabidiol. Uma das sequelas que tenho é a depressão e a trato com uma substância que causa dependência voraz. Sempre que tento retirá-la é um sofrimento com a abstinência. Minha memória e cognição também foram afetadas, além da visão e da fadiga, que sempre foram as minhas maiores queixas. Resumindo: se eu puder entrar em um programa, de contexto médico, que minimize essas questões que interferem no meu cotidiano, eu mergulho de cabeça.
Sempre falei que a EM salvou a minha vida. E repito quantas vezes forem necessárias. Digo isso porque antes dela tinha uma vida desregrada e trabalhava sem trégua. Ela veio e me colocou nos trilhos. Hoje, tenho uma rotina saudável, e aprendi a conviver com as minhas limitações. Fiz as pazes comigo e aprendi a ser mais generosa com as minhas dificuldades. Se antes era difícil lidar comigo por conta do meu temperamento, hoje, depois de calçar a "sandália da humildade", eu me tornei uma pessoa empática.
Por que eu digo que a liberdade é filha caçula? Porque em mim ela nasceu por último. Primeiro veio o Amor, depois a Fraternidade e por fim a Liberdade. Os três são frutos do encontro entre o desejo e a necessidade. Todos nós somos desejosos de amor, de convivência fraterna e de liberdade, mas sem a necessidade de te-los em nossas vidas, eles ficam inviáveis. A minha caçula - Liberdade - nasceu depois do diagnóstico da EM. Paradoxo? Talvez. Mas o fato de eu ter que me priorizar, olhar para mim com carinho e planejar a minha vida para que ela aconteça de forma saudável, apesar da EM, me colocou na vida de forma mais suave e responsável, viabilizando vivências de liberdade - a última delas foi uma caminhada de 800 Km, onde atravessei a Espanha andando.
Portanto, hoje é dia de comemorar os avanços que a ciência está dando em nossa direção.
Por um mundo mais respeitoso com as diferenças!
Sempre falei que a EM salvou a minha vida. E repito quantas vezes forem necessárias. Digo isso porque antes dela tinha uma vida desregrada e trabalhava sem trégua. Ela veio e me colocou nos trilhos. Hoje, tenho uma rotina saudável, e aprendi a conviver com as minhas limitações. Fiz as pazes comigo e aprendi a ser mais generosa com as minhas dificuldades. Se antes era difícil lidar comigo por conta do meu temperamento, hoje, depois de calçar a "sandália da humildade", eu me tornei uma pessoa empática.
Por que eu digo que a liberdade é filha caçula? Porque em mim ela nasceu por último. Primeiro veio o Amor, depois a Fraternidade e por fim a Liberdade. Os três são frutos do encontro entre o desejo e a necessidade. Todos nós somos desejosos de amor, de convivência fraterna e de liberdade, mas sem a necessidade de te-los em nossas vidas, eles ficam inviáveis. A minha caçula - Liberdade - nasceu depois do diagnóstico da EM. Paradoxo? Talvez. Mas o fato de eu ter que me priorizar, olhar para mim com carinho e planejar a minha vida para que ela aconteça de forma saudável, apesar da EM, me colocou na vida de forma mais suave e responsável, viabilizando vivências de liberdade - a última delas foi uma caminhada de 800 Km, onde atravessei a Espanha andando.
Portanto, hoje é dia de comemorar os avanços que a ciência está dando em nossa direção.
Por um mundo mais respeitoso com as diferenças!