Qualidade Vivida

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O infinito e o inefável

O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.
(O Homem e A Mulher - Victor Hugo)

Em mim habita esse homem e essa mulher dos quais e pelos quais Victor Hugo se inspira...

O ser humano é genial, ainda que algumas vezes precise se esconder de si mesmo. E isso geralmente acontece quando fugimos de um olhar, de um toque diferente, de uma palavra com vários sentidos... O nosso anjo nos protege daquele diabo que nos cutuca... mas acredito que os dois - anjo e diabo - se amam tanto que não conseguem desapegar um do outro, gerando em nós as multiplicidades de emoções... Emoções que não podem mesmo ser mensuradas tampouco definidas, mas expressas no sentimento que nos invade quando estamos diante do que nos apavora e, ao mesmo tempo, nos atraí.
Ah... o infinito é a minha casa e o inefável traduz como a habito... o infinito é o que me convida ao mergulho e o inefável aquele que me faz desejar o que não consigo traduzir... o infinito é o lugar para onde eu sempre estou indo e o inefável o meu percurso nesse caminho... o infinito é aonde eu consagro o meu amor - diariamente - e o inefável a sua expressão mais fiel...
Eu sou o homem de Victor Hugo, cuja razão me protege com lágrimas...
Eu sou a mulher de Victor Hugo, cujo evangelho me aperfeiçoa dos códigos que me atormentam...
Eu sou a mistura de Victor Hugo, nas glórias e virtudes... que diante das derrotas vislumbra um outro percurso por ter  no virtus a divina potência da transformação...
Eu sou o domingo que repousa,
a segunda que inicia,
a terça que desenvolve,
a quarta que verifica,
a quinta que cria a expectativa,
a sexta que desfruta,
o sábado que reúne.
Eu sou todos os dias da semana...
também o domingo que inicia, a segunda que repousa, a terça que cria a expectativa, a quarta que desenvolve, a quinta que desfruta, a sexta que reúne e o sábado que verifica...
Eu sou a mistura que se consagra nos teus olhos...
Um brinde ao delírio e ao desconforto... eles nos tiraram do lugar...

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